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Quem era o engenheiro que foi encontrado morto em praia na Argentina
Ele era calmo, bem humorado e queria mudar o mundo”, diz professora de música de Rafael Barlete Rodrigues
Publicado em 13/05/2025 21:46
Mundo

O engenheiro brasileiro Rafael Barlete Rodrigues, de 32 anos, foi encontrado morto na última quarta-feira (7) em Mar del Plata, na ArgentinaDe acordo com pai, ele saiu para caminhar na terça-feira (6) e a suspeita é de que a maré tenha subido e arrastado a vítima. Rafael era natural de Bebedouro em São Paulo. 

 

Rita Monteiro, que foi professora de música de Rafael, afirma que o engenheiro era uma pessoa calma, introvertida e bem humorada, que gostava de viajar e estar em vários lugares. “Ele gostava de explorar os ambientes, gostava de natureza e decidiu ir morar na Argentina para ser engenheiro voluntário”, aponta Rita.

Rafael era formado em Engenharia Civil, mas de acordo com Rita, o sonho do brasileiro era estudar música. “Ele chegou a procurar uma universidade no sul, só que devido às condições financeiras da família, ele acabou não cursando música”, diz a professora.

Para suprir as necessidades financeiras, Rafael decidiu estudar engenharia e segundo a professora, ele acabou gostando do curso. “Nós conversávamos de muitas coisas…ele gostava de várias áreas do conhecimento humano, a gente costumava trocar bastante livro, ele gostava muito de ler.” completa Rita.

Segundo a professora, foi uma surpresa muito grande para ela saber que ele estava na Argentina, pois no ano passado, o brasileiro havia cantado no coral dela, chegou a morar em Ubatuba e fazer aulas online com Rita. Rafael estudava ópera, violão erudito e sempre participava de projetos musicais.

 
 
 
 

Amigos se organizam para translado do corpo

De acordo com o pai, João Aparecido Rodrigues, o engenheiro desapareceu após sair para caminhar e levar consigo o violão e uma mochila. “Ele costumava fazer essas viagens meio longas e eu já estava acostumado, mas nesse dia ele foi para um local próximo a um barranco e a maré subiu, aí não teve como ele voltar andando; é o que suspeitam os policiais”, diz o pai.

Segundo João Rodrigues, a prefeitura de Bebedouro está apoiando o translado do corpo, além de uma ‘vaquinha’ organizada por amigos de Rafael para arrecadar fundos para as despesas.

O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires, afirmou em nota que tem ciência do caso e está em contato com os familiares do brasileiro, a quem presta assistência consular.

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